Calhandrices sobre sexo
Nós mulheres temos a fama de calhandreiras e como tal, uma vez que já temos a fama, tiramos proveito desse título que nos foi concedido. Ora numa das minhas muitas calhandrísses com amigas, depois de calhandrarmos até mais não, chegamos ao tema que nos deixa a todas de ouvidos arrebitados: o sexo.
Tal como em praticamente todos os grupos de amigas, existe sempre a solteira que goza a vida ao máximo sem se importar com nada e a comprometida que goza na medida daquilo que pode. Eu sempre fui apologista de que sendo solteira, casada, junta ou o que seja, no que diz respeito ao sexo, a conclusão deveria ser igual para todas: estou satisfeitíssima! Mas de facto este assunto gera sempre uma grande polémica e discussão à volta do que deve ou não ser permitido e do que é ou não tolerável levando-nos à conclusão geral de que a mulher é quem perde na grande maioria das vezes ou como quem diz: é a que fica a ver navios! A conclusão foi unânime: a mulher solteira que está com um homem que só pensa em si próprio, acaba por lhe dar um pontapé no traseiro e procura outro melhor, no entanto, relativamente à comprometida, o caso muda de figura porque o que está em jogo não é apenas o sexo mas também o amor. O problema é que o amor é todo ele muito bonito, mas verdade seja dita, somos todos animais e esta é uma parte bastante importante para o nosso bem estar geral. Acabámos por chegar também à conclusão de que num relacionamento inicial, o sexo é quase sempre bom ou pelo menos satisfatório - pode não ser o melhor do mundo mas como é novidade sigaaaaa - o problema vem depois, com o passar do tempo, quando já sabemos ao que é que aquele gesto, aquele toque ou aquela palavra vai levar e nos apercebemos de que nada de novo virá dali gerando uma rotina sexual. Se muitos dos homens garantem que têm conhecimento de como funciona o corpo feminino, garantem que sabem que a mulher é diferente do homem e que portanto necessita de uma atenção extra no que diz respeito a preliminares e afins, se sabem isto tudo porque é que a história do "virar frangos e já está" acontece demasiadas vezes?! Homens de Portugal, já os nossos avós diziam: a pressa é inimiga da perfeição...