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Miss Messy

Miss Messy

Despedi-me, mas estou feliz!

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Talvez alguns de vós se recordem de um post meu escrito o ano passado: E se eu me despedisse? Seria mais feliz?.

Foi escrito numa altura em que me sentia muito em baixo, extremamente infeliz profissionalmente e completamente derrotada pelo ambiente mais tóxico que uma empresa pode ter.

As noites de Sexta-Feira e os dias de Sábado eram uma alegria, as tardes e noites de Domingo um verdadeiro pesadelo. 

Jamais me esquecerei do quanto chorei no meu último dia de férias. Eram 5 da manhã e eu estava agarrada ao meu mais que tudo a soluçar só por saber que os meus 15 dias de pura felicidade tinham terminado e que se sucederiam meses e meses de verdadeiro tormento.

Muita gente se questiona sobre o porquê de ter demorado tanto tempo a tomar a decisão de me despedir, de mudar de vida. A resposta é simples: MEDO e ACOMODAÇÃO.

Não é fácil tomar uma decisão destas, existem muitas responsabilidades em jogo. Para a grande maioria das pessoas existem filhos, casa, carro e tantas outras responsabilidades para as quais um salário mensal fixo é extremamente importante. No meu caso, a decisão poderia ter sido mais simples uma vez que não tenho tantos encargos financeiros, no entanto, sonhava com a minha futura casa própria e por isso, na altura, decidi que já que profissionalmente fazia algo que detestava, pelo menos que isso me trouxesse a felicidade de concretizar alguns sonhos e por isso mesmo, durante meses andei numa procura exaustiva pela casa perfeita. Hoje respiro de alívio por não a ter encontrado e por ter conseguido ir a tempo de definir as minhas prioridades.

Certa tarde, após mais um extenso e exaustivo dia de trabalho, decidi que ao invés de apanhar o metro, desceria a Avenida da Liberdade a pé para espairecer.

Ao longo da minha caminhada pensei muito. Sentei-me numa esplanada e em silêncio admirei as pessoas ao meu redor. Havia de tudo um pouco: pessoas felizes, pessoas cabisbaixas. Tentei olhar para mim mesma. Há muito que ouvia os que me são mais próximos dizer que estava diferente, que me sentiam triste, desmotivada. Eu própria sabia que o meu EU se estava a deixar consumir pela nuvem negra da empresa dando lugar a uma pessoa constantemente triste, inconformada, e resmungona. Essa pessoa não era eu, eu nunca fui assim! "Isto tem de acabar!" pensei para comigo e foi então que numa esplanada da Avenida da Liberdade após uma breve reflexão introspectiva tomei a minha decisão. Liguei ao meu mais que tudo, disse-lhe que me ia despedir e recebi todo o apoio do mundo. Corri para casa dos meus pais e entre lágrimas expliquei-lhes que tinha de me despedir desta empresa e tive uma reacção muito positiva e acolhedora, um apoio sem igual que me encheu o coração.

No dia seguinte entreguei a minha carta de demissão com um sorriso tão grande que por mais que tentasse era impossível disfarçar. A felicidade estava estampada no meu rosto e eu sentia que me tinham tirado 500 KG  de cima. Que estupidez não acham? Mas é a verdade.

Como tinha de dar dias à empresa, aproveitei (sem faltar às minhas obrigações laborais) para enviar currículos e desde então já tive algumas entrevistas. 

Neste momento, não me interessa se em termos salariais irei receber aquilo que recebia aqui pois no momento, o que mais me interessa é sentir-me feliz profissionalmente.

Já se passaram 35 dias, na próxima semana termino o meu último dia na empresa. Todos me dizem que pareço outra pessoa, que estou com um ar aliviado e feliz e a verdade é mesmo essa, despedi-me, mas estou feliz!

 

A felicidade e o bem estar mental e emocial não têm preço.

 

E se eu me despedisse? Seria mais feliz?

 

 

 

 

Há algum tempo que tenho vindo a questionar-me se a nível profissional faço aquilo que realmente gosto ou se estou a trabalhar apenas pelo salário que recebo no fim do mês.

Quando percebo que os Domingos a partir das 18H são altamente depressivos, que a vontade de trabalhar é nula e que o meu maior sonho neste momento é não só ir de férias como não voltar mais para este tormento, apercebo-me de que não só não gosto do meu trabalho como estou à beira de mandar tudo pelo ar.  

A vontade de me demitir é grande mas o mercado instável faz-me sempre recuar na minha decisão.

Cada vez mais me apercebo do quão importante é a nossa satisfação e realização profissional e que a mesma muito dificilmente se consegue desgrudar da satisfação pessoal. Neste momento, a minha frustração está estampada na minha cara e nas minhas atitudes. Eu que sempre fui pro-activa e alegre, dei por mim vencida pelo cansaço e pela frustração do dia-a-dia. Posso dormir 8 horas mas chego a casa sempre de rastos e sem paciência para nada - 12 horas fora de casa e num sítio que não me deixa feliz, não seria para menos.

Dei por mim a perder qualidade de vida, a viver para o bem estar laboral dos meus superiores e a rebaixar-me a tudo. Há dias em que me sinto altamente sensível e só me apetece chorar e ficar os fins-de-semana no sofá deitada o dia todo - que deprimente, não acham?

O mais engraçado, é que a maioria das pessoas que me rodeiam estão igualmente esgotadas com esta rotina que nos é exigida diariamente e pela falta de reconhecimento de esforço e empenho por parte das empresas.

 

Há uns bons anos, quando terminei a licenciatura, deparei-me com um mercado de trabalho completamente saturado e sem opções para trabalhar na minha área de estudos. Como não me quis juntar aos milhares de desempregados da altura, decidi procurar trabalho e em áreas diferentes. Tive sorte, posso considerar. Nos últimos oito anos, sempre trabalhei em boas empresas, fui sempre ganhando mais e mais e nunca soube o que era a palavra desemprego, no entanto, não estou feliz.

A célebre citação "faz o que gostas e não terás de trabalhar um só dia da tua vida" parece-me cada vez mais uma utopia, uma completa irrealidade. "Larga tudo e procura algo que gostas", é outra das coisas que me dizem muito por aí, e meus queridos, não imaginam a vontade que tenho de o fazer...mas e depois? O que faço com os efeitos colaterais que essa decisão pode trazer? O que faço com as contas da casa, com a alimentação e tudo mais?

Largar tudo seria óptimo, mas neste momento impossível...ou perigoso.

 

Tenho uma vontade imensa de trocar o meu emprego por algo que me dê mais prazer, ainda que ganhe metade do que recebo actualmente. Não quero parecer ingrata, ainda para mais num país que tem uma taxa de desemprego tão significativa como o nosso, mas será justo depois de tantos anos de estudos e investimentos em cursos estar condenada a fazer algo que detesto?

Independentemente de tudo, decidi entrar em 2017 com uma atitude laboral mais positiva. Comecei a enviar currículos para empregos onde julgo que seria muito mais feliz  do que a minha conta bancária porque em boa verdade, começo mesmo a achar que a felicidade não tem preço.

 

Férias de Inverno, um novo amor - Andorra

 

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Todas as estações do ano têm o seu encanto ainda que algumas nos agradem mais do que outras. Eu por exemplo, não escondo que sou fascinada pelo Verão. Adoro o calor e as boas vibrações que se sentem nas pessoas em geral nesta estação do ano. No Verão as pessoas parecem mais felizes, mais tranquilas, os dias são maiores e os fins-de-semana são quase sempre bem aproveitados porque há um leque gigante de opções que se podem fazer ao ar livre nesta altura, no entanto, desde que o meu mais que tudo entrou para a minha vida, que as coisas mudaram um bocadinho de figura. O homem é aquilo a que se chama de verdadeiro Homem das Neves, um louco incurável por neve e acima de tudo, por snowboard e é óbvio que não se cansou enquanto não conseguiu arrastar-me para o meio da montanha.

Recordo-me de pensar quando nos conhece-mos que, muito dificilmente, me entregaria a esta mesma paixão porque, estar uma semana numa montanha a levar com temperaturas negativas, não era de todo a minha praia. Mas como diz o velho ditado, nunca devemos dizer "desta água não beberei" e como tal, após algumas idas à neve, acabei por me render aos encantos do Inverno e hoje em dia, só penso em enfiar uma prancha de Snowboard nos pés, descer a montanha e no fim, aconchegar-me num chalé quentinho enquanto neva lá fora.

Apesar de achar a Serra da Estrela lindíssima, tenho de confessar que, infelizmente não existem grandes condições para a prática de desportos de Inverno em Portugal. Para além da estância de ski ser muito pequena, se nevar a mesma encerra, por isso, considerem a Serra da Estrela para ver neve, passear, comer e beber bem mas não como opção para a prática deste tipo de desportos - a não ser que seja mesmo só para matar o bichinho.

E como a temporada de desportos de Neve já começou, deixo-vos a minha primeira sugestão para férias de Inverno:

 

   Andorra

 

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   Andorra é um Principado entre o nordeste de Espanha e o sudoeste de França. Cerca de 10 milhões de pessoas visitam o Principado anualmente atraídas pelos desportos de Inverno.

Grandvalira é a maior estação de ski de Andorra e conta com 6 sectores: Encamp, Canillo, El Tarter, Soldeu, Grau Roig e Pas de la Casa.

 

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Ainda não percorri todos os sectores, mas daqueles que conheço, posso considerar que, El Tarter e Soldeu são os meus preferidos. Porquê? Em primeiro lugar, Soldeu e El Tarter são duas vilazinhas muito catitas onde estão inseridos os melhores hotéis e depois, raramente existem grandes filas para as gôndolas nestes sectores e as pistas não andam tão atoladas de gente.

 

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Soldeu

 

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 El Tarter

 

 

Para quem gosta de freestyle, El Tarter e Grau Roig dispõem de um Snowpark com zonas para todos os níveis de Ski e Snowboard e para quem ainda tiver energia para continuar a saga dos kickers e ferrinhos poderá encontrar ainda em Grau Roig o Sunset Park Peretol, o único Snowpark nocturno dos Pirenéus.

 

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                                                                                  SnowPark de El Tarter

 

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Snowpark Xavi em Grau Roig

 

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 Sunset Park Peretol em Grau Roig

 

De todos os sectores que já experimentei, o que menos me agrada é o de Pas De La Casa simplesmente porque é o mais cheio de filas para os teleféricos, o mais carregado de gente, o menos bonito e o que tem os piores restaurantes nas pistas. Mas atenção, Pas De La Casa é a melhor zona para se ficar hospedado caso se queira gastar pouco dinheiro em hotéis e ficar perto de várias opções de restauração, comércio e bares. É provavelmente dos sectores mais movimentados e mais "animados" durante a noite.

 

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 Pas de La Casa

 

Caso estejam em Pas de La Casa e queiram experimentar outros sectores, não se apoquentem porque estão quase todos interligados e podem percorrer uns três ou quatro a fazer ski ou snowboard - a não ser que ainda sejam uns aselhas como eu que ainda não tenho aprendizagem suficiente e demoro uma eternidade para me deslocar de um sector para outro, contando com umas quantas quedas pelo caminho tornando a tarefa ainda mais complicada .

 

Adoro manhãs ensolaradas na montanha e finais de tarde com neve a cair. Dá me muito prazer fazer snowboard uma manhã inteira, fazer uma pausa para almoçar numa esplanada na pista e de desfrutar de um sol fantástico para recarregar energias para continuar uma tarde que se adivinha sempre muito cheia de novas aprendizagens e quedas à mistura. A meio da tarde, já completamente esgotada e cansada, um dos melhores programas passa por uma ida a um sunset bar ou Aprés Ski - há alguns em Pas de La Casa e nos restantes sectores.

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Depois de um dia cansativo na neve podem apostar que nada vos vai saber tão bem como uma ida à Caldea, é simplesmente fantástico. A Caldea é um grande complexo de piscinas, saunas e banhos de todos os tipos. Fica situada em Andorra LaVella e merece muito a pena dispensar uns troquinhos e desconectar um pouco do mundo - e das dores depois de um dia de neve - neste maravilhoso Spa. Aconselho ir à noite pois para além de ser mais barato é mais bonito.

 

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 Para os consumistas mais vorazes, o centro de Andorra LaVella possui uma infinidade de lojas de marcas internacionais em roupa, calçado e produtos electrónicos. Eu diria que os preços são mais razoáveis que em Portugal uma vez que o Principado de Andorra é considerado um paraíso fiscal.

 

Relativamente ao material de snowboard - técnico, roupa e afins - aconselho uma ida à CC BOARD CENTER. É muito complicado encontrar material de snowboard em Portugal e quando se encontra é tudo muito sem graça, por isso, caso estejam interessados numas férias na neve, poderão encontrar na CC Board Center tudo o que precisam - para comprar ou alugar - para que não vos falte nada na vossa estadia pela neve.

 

Agora que me relembro dos dias passados na neve e do quão gosto de lá estar, pergunto-me como fui capaz de não dar uma oportunidade durante tantos anos às férias de Inverno. Como fui capaz de não deixar que os meus pézinhos experimentassem a sensação que é descer uma montanha com uma prancha de snowboard?!

Só de pensar que este ano apenas poderei pôr os "cascos" na neve por um período máximo de 5 dias - no máxiiiiiimo - até se me enchem os olhos de água...!

Há definitivamente amores que vêm para ficar...

 

 

 

 

 

 

O "Último Natal" de George Michael

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E assim de repente, o mundo da música ficou mais pobre.

Quis o destino por ironia, que fosse no dia de Natal, que falecesse o grande intérprete do tema "Last Christmas" George Michael.

Depois da perda de Prince e David Bowie, terminamos a última semana deste ano com a sensação de que 2016 foi de facto um ano triste e de luto para a música internacional.

 

 

 

 

Os homens e a unha do dedo mindinho

 

 

Se há coisa que eu acho nojenta neste mundo, é ver homens com unhas grandes. Dá-lhes um ar asqueroso, pouco higiénico e maléfico. Aqui pelo nosso país, ainda se vêm uns quantos com a unhaca do dedo mindinho enorme - e amarela.

Sempre me questionei sobre o motivo que os levam a deixa-las crescer como se não houvesse amanhã. É para tirar a nhanha dos ouvidos? É para limpar o salão do nariz a fundo? É uma arma de defesa pessoal que, em caso de perigo, perfura a pele como um canivete suíço?

 

Felizmente, quer me parecer que a moda da unhaca grande do dedo mindinho começou a desaparecer no nosso país, no entanto, o mesmo já não se pode dizer dos nossos amiguinhos chineses.

Quando estive em Singapura, deparei-me com esta asquerosa realidade em praticamente todos os rapazes chineses que estudavam comigo. Podiam ter as unhas todas aparadinhas dos restantes dedos, mas o mindinho...esse não falhava! Lá estava a bela da unha amarela e aguçada, qual espada Samurai a sair-lhes do dedo.

Regressei ao meu país e esqueci-me por alguns anos desta triste moda, até me deparar hoje no metro com um grupo de amigos chineses. Todos eles com a unha grande, e pior que isso, suja! Resolvi matar a minha curiosidade e pesquisar sobre a verdadeira razão por detrás da unha asiática nojenta. Descobri então que, apesar de para muitos de nós ser um hábito um pouco duvidoso, o tamanho da unha do dedo mindinho na China está relacionado com a classe social. Quanto maior a unha, maior a classe social da pessoa em questão.

 

Distinções sociais à parte, para mim, a unhaca nos homens, quer-se bem rente e limpinha e acabou-se a conversa!

No metro, salve-se quem puder!

 

Quem tem de se deslocar logo pela manhã até ao centro de Lisboa e não tem possibilidade de levar o carro, vê-se obrigado a passar por uma agitação matinal no metro que já virou rotina.

Há mais de 10 anos que me desloco de metro para o centro da cidade em hora de ponta e nunca me tinha deparado com algo assim. Só durante esta semana, já perdi a conta à quantidade de vezes em que fiquei do lado de cá da carruagem do metro por ser impossível entrar dentro da mesma de tão cheia que vai. Quando por fim após alguns empurrões consigo entrar na carruagem, percebo que o panorama é sempre o mesmo: os passageiros parecem sardinhas enlatadas de tão apertados que vão e surge sempre uma discussão devido ao aperto. A discussão de hoje foi entre duas senhoras, uma loira e uma morena. A senhora morena barafustava porque a permanente loira da outra senhora lhe roçava na cara e isso incomodava-a muito. Por sua vez, a loira retorquiu que nada poderia fazer, não havia qualquer espaço para onde se pudesse mexer. A morena continuava a estrebuchar dizendo que é uma vergonha pagar um passe mensal para levar com o cabelo dos outros na cara logo pela manhã.

 

Não há grande coisa que se possa fazer, essa é a verdade. Temos muitos poucos parques de estacionamento na nossa cidade e os poucos que temos são caros como o raio! E depois, a verdade é que só de pensar que até chegar ao centro temos de levar com filas de trânsito infernais e intermináveis, é logo meio caminho andado para desistir do popó e optar por levar com cabelos mal lavados na cara, mau hálito e faltas de desodorizante - pensem nisto como uma ajudinha extra para abrirem logo a pestana!

Há uns anos atrás, quando me deparei com o mesmo cenário no metro de Singapura, agradeci aos céus por em Portugal ainda haver espaço para todos na carruagem sem empurrões e sem ter de ficar na estação na esperança de conseguir entrar na próxima carruagem - foi sol de pouca dura!

Será que a tendência é para piorar?

Será que qualquer dia estamos assim?

 

 

 

Um AVC no comboio

 Todos nós estamos sujeitos a lidar com situações de emergência, quer sejam por lesões, acidentes, doenças crónicas ou doenças inesperadas. A grande maioria, julga que, ao se deparar com uma situação de emergência, sabe perfeitamente o que fazer, mas será que no momento sabemos mesmo como agir?

Há dias a minha mana ligou-me muito aflita. No comboio onde seguia, um dos passageiros com cerca de 35 anos de idade, começou a sentir-se mal. Estava muito suado, mal disposto e com fortes dores no peito. Enquanto um dos passageiros ligava para o 112, o senhor perdeu os sentidos e caiu para o lado. Ao se aperceberem da gravidade da situação, a maioria das pessoas entrou em pânico. Alguns palpites - quem sabe se mais certeiros - pediam para colocar o Sr. de lado enquanto lhe molhavam as mãos com água fria. É certo que todos tentavam ajudar, mas a incerteza do que seria o mais correcto a fazer pairava no ar.

A equipa do INEM chegou dez minutos depois. Começaram por fazer uma massagem cardíaca mas ao se aperceberem de que o senhor já se encontrava em paragem cardiorespiratória, evacuaram toda a carruagem e com a ajuda de um desfibrilador, deram início à reanimação.

Segundo um dos polícias que aguardava cá fora junto dos restantes passageiros, já não havia muito a fazer, tinha sido tarde demais. O senhor tido tido um AVC e não havia sobrevivido - mas cada um ali presente, mandou a sua posta de pescada sobre o desfecho do assunto. Se o senhor sobreviveu ou não, a minha mana não sabe. Espero que sim. Segundo ela, foi levado para dentro da ambulância e nunca mais se soube de nada.

 

A verdade é que toda esta história me fez pensar. Se eu lá estivesse, o que mais poderia fazer?

O mais correcto seria iniciar uma massagem cardiorespiratória manual no entanto, a falta de experiência e sabedoria sobre o assunto, deixar-me-ia petrificada e esse meus amigos, é o problema que a grande maioria de nós enfrenta ao se deparar com uma situação destas.

Recordo-me da minha tia me contar que, num passeio que fez pela Serra da Estrela, se deparou com uma mãe num desespero total ao ver a filha de 8 meses engasgada com leite. A minha tia por sorte, tinha tirado um curso de primeiros socorros e conseguiu auxiliar aquela mãe desesperada com a bebé já roxa nos braços, mas a maioria das pessoas, estavam consumidas pelo pânico sem saberem o que fazer. 

 

Se um curso de primeiros socorros é assim tão importante, não seria bom implementa-lo como disciplina obrigatória do ensino básico/secundário?

Enquanto andei na escola, deparei-me com tanta disciplina e tanta matéria desinteressante que actualmente em nada contribui para a minha vida ou para o meu desempenho social que, julgo que isto, faria todo o sentido uma vez que, em muitas escolas da Europa, este já é um curso que faz parte do plano curricular.

Com tantas leis descabidas, bem que o Ministério da Educação poderia reflectir seriamente sobre este assunto e, quem sabe, implementar uma nova disciplina de suporte básico de vida...

Quem sabe quantas vidas poderiam ser salvas se nos conseguíssemos aperceber e agir a tempo de as socorrer?

 

 

O apartamento amaldiçoado

 

 

Conheço um apartamento que está amaldiçoado. Fica no meu prédio. Mais propriamente no andar por baixo do meu.

Tudo começou quando o andar foi vendido pela primeira vez a um velho carrancudo e à sua filha solteirona mal educada. Viviam os dois...e mais onze gatos - dei-me ao trabalho de os contar quando uma vez espreitei para a marquise do andar de baixo e os vi todos empoleirados na janela. A relação dos dois era péssima. Perdi a conta à quantidade de vezes em que os vizinhos chamaram a polícia às 3h da manhã devido aos gritos e bater de portas intoleráveis.

Passados 2 anos de má vizinhança, lá decidiram vender o apartamento. Todos os inquilinos do prédio ficaram radiantes, incluindo eu que já não os aguentava.

Assim que o apartamento foi vendido, rapidamente se descobriu que os novos habitantes eram uma família com duas crianças.

Tinham um ar tão feliz, o que poderia correr mal? Tudo! Passados poucos meses, andava tudo aos gritos. Os filhos gritavam e os pais discutiam constantemente. Uma das minhas vizinhas voltou a chamar a polícia ao apartamento porque, segundo ela, às 23H, discutiam tanto que já se ouviam coisas a partir em casa - felizmente não me encontrava no país para poder ouvir esta bagunçada toda.

Decidiram vender o apartamento pouco tempo depois de iniciarem o processo de divórcio.

Foi um "UFA!" geral mas com pouca dura. Os novos residentes do apartamento amaldiçoado eram Angolanos. Não discutiam, mas andavam no forrobodó a noite inteira, de tal forma intenso que a senhora dava gritos e guinchos de meia-noite. Eram uma simpatia mas viviam para o sexo e para as festas - todos os Fins-de-Semana. Levei um enxerto de Kizomba de tal forma que acho que já conheço o álbum do C4Pedro todo de cor.

Entretanto o apartamento não foi vendido mas foi alugado a uma família com dois filhos que lá habita até aos dias de hoje e que são o verdadeiro terror. Os pais discutem um com o  outro como se não houvesse amanhã, a filha adolescente passa as noites a gritar com a mãe e a dizer que ninguém gosta dela. Não sei que raio fazem da vida mas chegam a casa SEMPRE por volta da 1H da manhã e fazem uma algazarra desgraçada até se deitarem. Gritam uns com os outros, arrastam móveis, fecham e abrem estores e batem com as portas todas que têm em casa. Tem sido um caos de tal forma que, já se pensou em reunião de condomínio, voltar a chamar a polícia ao terceiro andar.

 

Depois de anos a levar com vizinhos de outro mundo, cheguei à conclusão que o problema só pode ser do apartamento! Vou arranjar forma de enfiar uma mangueira lá para dentro e de o lavar com água benta. Quem sabe se a coisa no andar de baixo não fica mais tranquila...

Será que se disser à Endemol que "fui vítima de uma maldição" me deixam entrar na Casa-dos-Segredos?

 

Casa dos Segredos - a temer pelo futuro.

 

É quando ponho os olhos nos concorrentes que entraram para a Casa dos Segredos, que começo a temer pelo meu futuro neste mundo.

Em primeiro lugar, anda ali tudo armado aos cucos. Acha-se tudo muito bonito, muito atraente, são as últimas Coca-colas do deserto, querem todos ser ricos e fazem o que for preciso para conseguir 1 mês de fama. E sabem qual é a pior notícia? É que esta nova geração que por aí anda - uma boa maioria - é uma cópia de tudo isto!

Porém, há um pequeno pormenor que destingue esta edição das outras: nesta quase todos os concorrentes querem mostrar que "os portugueses" têm uma ideia errada e pré concebida relativamente a quem se inscreve neste tipo de programas... ACUSO-ME! Mas aqui confesso que estou aberta à mudança de mentalidade - vamos lá ver é se me conseguem fazer mudar de ideias...

Para mim, a cereja no topo do bolo no passado Domingo - para além da aparição da Fanny a chorar desalmadamente no confessionário - foi a presença de duas alminhas que concorreram ao Secret Story 6 e que iam entrar no programa juntas. "Já namoramos há onze anos, vamos casar e somos muito felizes" dizia a alminha fêmea. E é então que a TVI decide entrar a matar e espeta na tromba da alminha macho um vídeo para Portugal inteiro da alminha fêmea no casting a dizer que tirou dinheiro da conta conjunta - nas costas do macho alfa - para comprar malas, carteiras e sabe Deus mais o quê. A isto juntou-se a implacável Teresa Guilherme que, com olhos cheios de vontade de lançar o pânico, questionou o rapaz relativamente à confiança que deposita na namorada.

Conclusão de tudo isto: as duas alminhas não entraram no programa e voltaram com as asinhas entre as pernas para o seu lar doce lar. 

Honestamente, é isto que me choca. Pessoas que se sujeitam a contar determinados pormenores das suas vidas privadas  - sejam eles verdade ou mentira - sem sequer pensarem no quão prejudicadas poderão ser por isso no futuro ou na humilhação pública pela qual poderão passar. Vale tudo para conseguirem entrar num programa de televisão.

Há por esse mundo fora milhões - eu diria até biliões - de pessoas que são capazes de T.U.D.O. para conseguirem 5 minutos de fama e eu temo pela minha vida ao imaginar que posso estar perto de alguém assim - ou ser governada por alguém assim.

 

Eu sei que é triste, mas confesso que, de vez em quando, assisto a este tipo de programas. Confesso. Gosto de me rir, o que é que querem?! E é bem melhor do que ir ao circo: não tenho de sair de casa, os palhaços dão o c* e oito tostões para nos entreter e ao contrário dos animais do circo, ainda vão de livre vontade e cheios de genica para "dar canal".

What else?

 

Cabelos mais saudáveis: cabelo seco

 

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E é verdade sim senhora!

 

O nosso cabelo diz muito sobre a nossa personalidade e não estou a falar da cor ou do penteado que usamos - que também diz muito - estou a falar do estado do nosso cabelo.

Acho asqueroso ver homens e mulheres com o cabelo mergulhado em óleo Fula. Que me digam "tenho a raiz do cabelo muito oleosa e não consigo evitar" é uma coisa, outra completamente diferente é dizerem simplesmente "não tive paciência para lavar o cabelo hoje e portanto, vou andar o dia inteiro a passear-me em público em modo fritadeira com pés"...nojo! Acho que a diferença entre quem tem raiz oleosa e quem simplesmente não lava o cabelo é notória, pelo menos, um bom olfacto consegue distinguir isso. Adiante.

Pontas do cabelo a apontar para todos os sentidos da bússola e com um ar desleixado também não é bonito de se ver. Ainda que se aprontem todas e com o melhor outfit que têm no armário, andar com o cabelo neste estandarte-te dá um ar desmazelado. E depois volta e meia, lá nos deparamos com aquelas senhoras com cabelos muito escuros que queriam muito ser loiras oxigenadas e que na realidade chegaram a concretizar esse sonho, mas entretanto o dinheiro não deu para voltar a pintar o cabelo e portanto passeiam-se em modo Cruela DeVil, só que muiiito pior e na horizontal.

Enfim!

 

Não tenho grandes soluções para quem anda com o cabelo às cores e muito menos para quem não gosta de o lavar, mas tenho algumas dicas para quem se preocupa com a saúde do cabelo sem querer gastar muito dinheiro.

Hoje deixo aqui algumas dicas para quem tem o mesmo problema que eu tinha há uns anos atrás: cabelo seco.

 

Para quem tem cabelo seco:

Há muito boa gente neste mundo que confunde cabelo seco com cabelo "estragado". O cabelo pode ser seco por falta de cuidados com o mesmo (falta de hidratação, água muito quente no banho etc..), por uso regular de secadores e alisadores ou simplesmente porque nos saiu na rifa um cabelo assim.

Mas não se apoquentem e respirem de alivio porque existem soluções que ajudam a domar este tipo de cabelos:

- Lavar o cabelo com água o mais fria possível é uma solução excelente;

- Aquando do uso de secadores ou alisadores, proteger sempre primeiro o cabelo com um protector de calor;

- Usar champôs adequados para cabelos secos (os champôs para cabelos normais, ou com tendência a oleosos não são para vocês) e se possível utilizar champôs com Queratina.

- Aplicar uma máscara para o cabelo é extremamente importante logo após a lavagem do mesmo ( depois do champô e condicionador). A máscara deve actuar o máximo de tempo possível.

-  Fazer máscaras caseiras. Pelo menos de duas em duas semanas, faço esta máscara milagrosa:

 

   um iogurte natural;

2 colheres de sopa de mel;

meio abacate/ ou 1 banana bem madura;

2 colheres de sopa de azeite.

 

Misturo tudo muito bem e aplico em todo o cabelo. Enrolo uma prata à cabeça para actuar mais rapidamente e deixo actuar durante 30 minutos. Passados os 30 minutos, passo o cabelo por água fria, lavo com o meu champô habitual para cabelos secos, aplico o condicionar e já está! Os fios do cabelo ficam muito mais fortes e perdem electricidade estática.

 

Pequenas dicas e cuidados regulares que deixam o nosso cabelo com melhor aspecto.

 

 

 

 

 

 

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